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Caso sinhazinha: família é condenada por tráfico de drogas

A Justiça do Amazonas condenou nesta terça-feira (17) Ademar Cardoso e Cleusimar Cardoso, irmão e mãe da ex-sinhazinha Djidja Cardoso, por tráfico de drogas e associação para o tráfico. Outras cinco pessoas ligadas ao grupo também foram condenadas pelos mesmos crimes, com penas que variam de 10 a 11 anos de prisão.

Segundo o Ministério Público, os réus faziam parte de um esquema que envolvia a venda e o uso de cetamina, droga sintética usada tanto para fins médicos quanto recreativos.

As investigações apontaram que a mãe e o irmão de Djidja lideravam um grupo religioso chamado “Pai, Mãe, Vida”, que promovia o uso indiscriminado da substância durante rituais realizados na residência da família e em salões de beleza associados ao grupo.

O esquema foi revelado após a morte de Djidja, em maio, com sinais de overdose. Frascos da droga, seringas e materiais relacionados foram encontrados na casa da vítima. Durante as investigações, a polícia identificou que o grupo obtinha a cetamina de clínicas veterinárias, cujos donos também foram condenados.

O juiz Celso de Paula, da 3ª Vara de Delitos de Tráfico de Drogas, afirmou que os depoimentos das testemunhas comprovaram a participação dos réus no esquema, rejeitando as alegações apresentadas pela defesa. Dos sete condenados, apenas dois poderão recorrer em liberdade, enquanto os demais cumprirão pena em regime fechado.

Além dos crimes de tráfico, o grupo é investigado por outros delitos, como charlatanismo, manipulação de medicamentos e violência sexual, cujos desdobramentos serão tratados em processos separados.

O caso ganhou repercussão nacional devido à morte de Djidja, que foi sinhazinha do Festival de Parintins. Laudos preliminares indicaram edema cerebral como causa do óbito, mas a polícia mantém a hipótese de overdose de cetamina como principal linha de investigação.

Veja abaixo como foi a condenação

  • Cleusimar Cardoso Rodrigues (mãe de Djidja): condenada por tráfico de drogas e associação para o tráfico – total das penas: 10 anos, 11 meses e 8 dias de reclusão;
  • Ademar Farias Cardoso Neto (irmão de Djidja): condenado por tráfico de drogas e associação para o tráfico – total das penas: 10 anos, 11 meses e 8 dias de reclusão;
  • José Máximo Silva de Oliveira (dono de uma clínica veterinária que fornecia a cetamina): condenado por tráfico de drogas e associação para o tráfico – total das penas: 10 anos, 11 meses e 8 dias de reclusão;
  • Sávio Soares Pereira (sócio de José Máximo na clínica veterinária): condenado por tráfico de drogas e associação para o tráfico – total das penas: 10 anos, 11 meses e 8 dias de reclusão;
  • Hatus Moraes Silveira (coach que se passava por personal da família de Djidja): condenado por tráfico de drogas e associação pra o tráfico – total das penas: 10 anos, 11 meses e 8 dias de reclusão;
  • Verônica da Costa Seixas (gerente de uma rede de salões de beleza da família de Djidja): condenada por tráfico de drogas e associação para o tráfico – total das penas: 10 anos, 11 meses e 8 dias de reclusão;
  • Bruno Roberto da Silva Lima (ex-namorado de Djidja): também condenado por tráfico de drogas e associação para o tráfico – total das penas: 10 anos, 11 meses e 8 dias de reclusão.

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