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Desembargador vota pela cassação do governador Cláudio Castro


Na decisão proferida, o relator Peterson Barroso Simão não poupou críticas


|  Foto:
Antônio Cruz/Agência Brasil

O desembargador e relator dos processos no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ), Peterson Barroso Simão, votou a favor da cassação da chapa encabeçada pelo governador Cláudio Castro (PL). Em sessão realizada nesta sexta-feira (17), Simão respaldou as acusações de abuso de poder econômico e político dirigidas contra Castro.

O governador, juntamente com seu vice, Thiago Pampolha (MDB), e o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (União), enfrentam acusações que vão desde o favorecimento em projetos até a inclusão de funcionários fantasmas e presidiários na folha de pagamento da Universidade Estadual do Rio (Uerj).

Na decisão proferida, o relator Peterson Barroso Simão não poupou críticas, apontando que tanto Cláudio Castro quanto Rodrigo Bacellar foram beneficiados por projetos da Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio (Ceperj). Segundo Simão, Bacellar agiu com “dolo intenso” e plena ciência das atividades ilícitas, tirando proveito delas.

“O Tribunal não pode fazer vista grossa para os fatos”, ressaltou o desembargador durante a sessão.

Simão também destacou o aspecto eleitoreiro das ações, apontando para a responsabilidade direta de Cláudio Castro na condução de práticas ilícitas. A inclusão de uma quantidade significativa de funcionários fantasmas e até mesmo presidiários na folha de pagamento da Uerj foi considerada como uma clara estratégia de abuso de poder político.

“A quantidade exorbitante em 2022 beneficiou os réus. Está caracterizado abuso de poder político”, afirmou Simão durante a leitura de seu voto.

Ao todo são sete réus na ação movida pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), no caso que ficou conhecido como “Escândalo do Ceperj”, no qual 27 mil pessoas foram contratadas como cabos eleitorais nas eleições de 2022 e usados R$ 250 milhões de dinheiro público. 

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