Aquelas que completarem 18 anos em 2025 já poderão iniciar em suas funções no Exército, Marinha ou Aeronáutica em 2026
As Forças Armadas do Brasil vão permitir, a partir de 2025, o alistamento militar de mulheres na carreira de soldado pela primeira vez na história. A decisão foi tomada pelo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e publicada em primeira mão pelo jornal “Folha de São Paulo”.
No entanto, o alistamento será voluntário, diferentemente dos homens, que quando completam 18 anos são obrigados a se alistarem às Forças Armadas. Com isso, as mulheres que completarem 18 anos em 2025 já poderão iniciar em suas funções no Exército, Marinha ou Aeronáutica em 2026.
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Este tema, no entanto, tem gerado divergências desde o início do ano. Em janeiro, as Forças Armadas aconselharam o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a se posicionar contra o amplo acesso de mulheres a carreiras militares, especialmente em funções de combate, citando a “fisiologia feminina” como justificativa.
Segundo a explicação apresentada, “as características do gênero poderiam comprometer o desempenho militar”. O tema ainda corre em uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF).
“É necessário reconhecer que a fisiologia feminina, refletida na execução de tarefas específicas na zona de combate, pode comprometer o desempenho militar em operações de combate, dependendo do ambiente operacional”, disse o coronel Sandro Ernesto Gomes.
A intenção é de que sejam abertas de 1 mil a 2 mil vagas para as mulheres em 2025, com prioridade para áreas em que haja presença feminina, como hospitais, escolas e bases administrativas. Com o passar dos anos, o número de vagas vai aumentando.
Apesar de permitir o alistamento a partir do ano que vem, a participação das mulheres nas Forças Armadas não era proibido. Anteriormente, elas entravam através de provas e concursos.