O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro emitiu nesta terça-feira (8), um alvará de soltura para Leonardo Azevedo da Costa acusado de filmar e vender imagens de alunas de academias em São Gonçalo. O professor, preso em 17 de outubro de 2023, teria comercializado as gravações em grupos de mensagens por aplicativo.
Leonardo foi detido por policiais da 74ª DP (Alcântara) após investigações que apontaram as práticas dentro e fora das academias. Além de filmar as alunas durante os treinos, ele teria utilizado uma seringa para jogar um líquido branco nas nádegas das mulheres.
O caso não se limitou ao ambiente das academias. Vídeos revelaram que Leonardo também seguia mulheres na rua enquanto elas faziam atividades físicas, repetindo o ato com a seringa.
A consultora Mychelle Sarlo, uma das vítimas que expôs o caso para incentivar outras mulheres a denunciar, considerou a decisão da soltura negativa. “É uma péssima notícia”, afirmou ao ENFOCO.
“Ele foi solto porque cumpriu o mínimo da pena estabelecida para o ECA, que é de um ano”, disse.
Ela ainda destacou que o processo relacionado às denúncias sobre o conteúdo das filmagens ainda está em fase de inquérito e que ele não foi julgado por esse crime.
Estamos correndo o risco dele continuar fazendo o que fazia antes. Infelizmente essa é a nossa lei
Mychelle Sarlo
Consultora
Procurada pelo ENFOCO, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) não respondeu se a determinação judicial de soltura já foi cumprida.
O site não conseguiu localizar a defesa de Leonardo Azevedo para comentar sobre o caso.