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Alckmin irá se reunir com governo dos EUA para tratar do aço na sexta, diz Rui Costa

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A equipe do governo Lula (PT) começou a discutir já na terça-feira (11) o impacto da entrada em vigor das tarifas de 25% impostas pelos EUA sobre aço e alumínio, que afetam a venda de produtos brasileiros para os americanos.

 

Nesta quarta-feira (12), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, planeja uma reunião na sexta-feira (14) com o governo americano para tentar chegar a um entendimento sobre a questão do aço.

Ele disse que Lula só tomará decisões sobre o tema após a reunião e reforçou que a postura de reciprocidade, já defendida pelo presidente, é o procedimento padrão a ser tomado nesse tipo de relação econômica diplomática.

A declaração foi dada a jornalistas após o lançamento do chamado “Crédito do Trabalhador”, que amplia o empréstimo consignado para trabalhadores com carteira assinada.

As primeiras conversas ocorreram assim que a Casa Branca confirmou que as tarifas seriam aplicadas a partir desta quarta-feira (12), “sem exceções ou isenções”. O governo brasileiro queria o adiamento da entrada em vigor dessa taxação, mas os americanos não atenderam ao pleito.

Reuniões internas devem ocorrer ao longo do dia no Itamaraty e no Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) para avaliar os efeitos das tarifas e possíveis alternativas. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reúne com empresários do setor do aço ainda pela manhã.

O Brasil vem adotando uma postura cautelosa em relação às medidas implementadas pelo governo de Donald Trump. A política do governo Lula, nesse sentido, tem sido manter portas abertas para discussões com os americanos sobre outros produtos que podem ser alvo de tarifas, como o etanol.

O governo brasileiro ainda não anunciou possíveis retaliações diante da taxação de 25% sobre o aço. Países da União Europeia, por sua vez, já afirmaram nesta quarta-feira que vão renovar tarifas sobre produtos americanos.

O caminho a ser seguido pelo governo brasileiro será definido por Lula e pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, que é o ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

As reuniões internas realizadas pelo governo nesta quarta-feira devem ser feitas para apresentar ao presidente e ao vice possíveis opções para o Brasil nesse cenário.

Além disso, o governo brasileiro pretende dar sequência a reuniões virtuais de nível técnico com integrantes da equipe de Trump. O Brasil aguarda uma resposta formal a consultas que foram feitas em conversas anteriores com os americanos sobre a política de taxação.

Alvo das tarifas, produtos semiacabados de aço, como blocos e placas, estão entre os principais itens exportados pelo Brasil aos EUA, ao lado de petróleo bruto, produtos semiacabados de ferro e aeronaves.

As exportações, geralmente, são de semiacabados porque os produtos posteriores da cadeia são feitos a partir dos pedidos dos clientes e, por isso, têm formatos menos padronizados, o que dificulta seu transporte. As exportações brasileiras de alumínio são consideravelmente menores que as de aço.

Segundo dados do governo dos Estados Unidos, no ano passado o Canadá foi o maior fornecedor de aço, em volume, para os americanos, com 20,9% do total, seguido pelo Brasil (16%, com 3,88 milhões de toneladas, e o país com maior crescimento em relação às exportações de 2023) e o México (11,1%).

O Brasil ficou atrás do México em valores: recebeu US$ 2,66 bilhões, ante US$ 2,79 bilhões dos mexicanos e US$ 5,89 bilhões dos canadenses. Em janeiro, o Brasil foi o maior exportador do mês em volume (499 mil toneladas), ultrapassando o Canadá (495 mil toneladas).

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