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Cemitério de embarcações: só 6 de 51 retiradas da Baía de Guanabara

Após quase dois anos em que o navio São Luís colidiu contra a Ponte Rio-Niterói, o cenário de embarcações ‘esquecidas’ na Baía de Guanabara permanece. Em maio de 2023, o Governo do Estado instaurou uma ação para retirar 51 embarcações listadas como irregulares através de um relatório realizado pela Capitania dos Portos da Marinha. Dessas, apenas seis foram retiradas.

A discussão em torno do “cemitério de embarcações” ganhou força principalmente após a colisão do Navio São Luiz na Ponte Rio-Niterói, em novembro de 2022. Na ocasião, o graneleiro estava à deriva após se soltar das correntes que o mantinha preso na Baía de Guanabara, onde estava atracado em estado de sucata desde 2016.

No último dia 13, inclusive, o navio foi transportado para a Turquia, onde vai passar por inspeção. Ele foi leiloado por R$ 6.206.000,00 e arrematado pela Rota Shipping. Para realizar a remoção foi necessário o auxílio de 4 rebocadores.

No entanto, o graneleiro é só uma das diversas embarcações que precisaram ser removidas da Baía. Submersos ou ancorados, os navios podem ser vistos ao norte da Ponte Rio-Niterói.

Segundo a Marinha do Brasil, não há nenhuma embarcação abandonada que esteja em estado irregular na Baía de Guanabara. Os navios que flutuam ancorados tratam-se, na verdade, de “embarcações fundeadas”, que estão aguardando por melhores situações operacionais como vagas em portos, troca de tripulações, novos contratos, reparos ou recebimento de suprimentos, esclarece a Autoridade Marítima.

Deterioração das embarcações apresenta riscos à navegação e ao meio ambiente


Deterioração das embarcações apresenta riscos à navegação e ao meio ambiente


|  Foto:
Lucas Alvarenga

Já as embarcações mais afetadas por efeitos corrosivos que estão “abandonadas”, são cascos soçobrados (afundados) ao longo do tempo e não removidos por seus antigos proprietários.

Em 2023, o Governo do Estado havia instaurado uma operação para remover 51 embarcações listadas pela Capitania dos Portos da Marinha. Ainda conforme a Autoridade Marítima, em junho do mesmo ano foram retiradas seis destas embarcações.

De acordo com a Capitania, após a conclusão do processo administrativo de perdimento das embarcações, foram adotadas iniciativas em conjunto com órgãos públicos e privados, com o objetivo de viabilizar a remoção dos cascos soçobrados.

Ainda segundo a Marinha do Brasil, neste ano, 108 inspeções foram realizadas como parte do monitoramento periódico das embarcações.

“Estão sendo discutidas com diversos órgãos as viabilidades de remoção destes cascos soçobrados, como por exemplo, as reuniões do Conselho da Autoridade Portuária de Niterói, para viabilizar a remoção de alguns cascos soçobrados existentes ao longo do perímetro abrangido pela obra de dragagem do Porto de Niterói e do Canal de São Lourenço, ora em andamento”, declarou.

Questionada, a PortoRio, a autoridade portuária responsável pela execução da força-tarefa de retirada dos cascos, não respondeu aos questionamentos da reportagem. 

Reunião 

Pensando em otimizar a colaboração entre os órgãos responsáveis pelos serviços de desmanche, a Justiça Federal agendou para o dia 6 de novembro, uma audiência entre Advocacia Geral da União, o Ibama, o Instituto Estadual do Meio Ambiente (INEA) e promotores do Ministério Público Federal.

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