A greve dos professores da rede municipal de ensino do Rio, que teve início nesta segunda-feira (25), foi marcada por momentos de tensão e confronto. Durante o protesto em frente à Prefeitura, na Avenida Presidente Vargas, um professor foi detido pela Polícia Militar.
De acordo com a PM, o docente foi conduzido à 6ª DP (Cidade Nova) para prestar esclarecimentos e foi liberado no período da tarde. A manifestação, que resultou no bloqueio total da via, foi acompanhada do uso de bombas de efeito moral e spray de pimenta por parte dos policiais.
O vereador William Siri, presente no local, relatou nas redes sociais que foi atingido por uma bomba de efeito moral enquanto tentava ajudar uma educadora.
“Recebi uma bomba na cara, ao meu lado, porque fui ajudar uma educadora. A polícia começou a usar spray e lançar bombas de efeito moral. Isso é um absurdo”, disse Siri em vídeo compartilhado nas redes sociais.
A Polícia Militar justificou a prisão do professor alegando que ele estava tentando bloquear a via. Em nota, a corporação informou que o policiamento no local foi reforçado e que os materiais utilizados durante a abordagem eram de “menor potencial ofensivo”.
A greve foi decidida por unanimidade durante uma assembleia realizada no domingo (24) e é uma resposta ao Projeto de Lei (PL) 186/2024, que propõe alterações na carga horária dos professores e mudanças nos direitos trabalhistas. A votação do PL está prevista para esta terça-feira (26).