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Conservatório de Música de Niterói faz 110 anos; veja programação


A celebração acontecerá na sede do CMN, no Centro de Niterói


|  Foto:
Divulgação

O Conservatório de Música de Niterói (CMN) completa 110 anos de atividades nesta quarta-feira (29). A celebração que marca a data e reafirma o compromisso secular da instituição com a música acontecerá na sede do CMN, Rua São Pedro, 96, Centro de Niterói.

O Grupo de Choro CMN, coordenado pelo professor Leonardo Paiva, irá se apresentar na ocasião. O grupo é um dos conjuntos do Departamento de Prática de Conjunto do Conservatório de Música de Niterói. Os integrantes são a mistura perfeita entre os alunos do CMN e do Programa Aprendiz Musical. Uma parceira estabelecida pela Prefeitura de Niterói.

A linguagem do Choro, gênero tipicamente brasileiro, é estudada nessa disciplina em seus detalhes e complexidades: articulações, contrapontos, acentuações, morfologia e harmonias. No repertório da apresentação, serão apresentados sucessos como “Garota de Ipanema” (Tom Jobim), “Brasileirinho” (Waldir de Azevedo) e “Feira de Mangaio” (Sivuca).

Integram o grupo o professor Leonardo Paiva (violão e piano), João Vitor Carvalho Maia (violão e cavaquinho), Samir Yesting Arce Castilho (violino), Gabriela Santiago (piano) e Livia Ferreira da Costa Bernardes (vocal).

A Orquestra de Sopros do Programa Aprendiz – que oferece aulas de diversos instrumentos no local – também participará da celebração. A Orquestra é o grupo de referência do programa focado nos instrumentos das famílias das madeiras e metais.

Sob a regência do professor e maestro Gabriel Dellatorre, os alunos desenvolvem suas habilidades orquestrais, bem como interpretam um repertório eclético do erudito ao popular, passando por belas marchas e dobrados até a música folclórica e contemporânea. Tendo sido revitalizada em 2023, esta orquestra acolhe cerca de 40 jovens de 11 a 24 anos.

Para o secretário Executivo da Prefeitura de Niterói, André Diniz, é motivo de orgulho para a cidade ser a sede da instituição responsável pela formação de músicos durante mais de um século.

“É uma história muito relevante e o programa Aprendiz Musical faz parte dela, o que nos dá ainda mais satisfação. Desde o ano passado, quando oficializamos o fomento ao Conservatório de Música de Niterói e passamos a investir no custeio de aulas de música voltadas aos estudantes de escolas públicas municipais e jovens integrantes do Programa Aprendiz Musical, reconhecemos a importância da instituição para a cidade. E a função do poder público é incentivar tudo que há de bom na cultura da cidade, como o Conservatório de Música. A parceria com Aprendiz Musical nos traz um ganho imenso, com os alunos aprendendo a tocar cada vez melhor seus instrumentos”, considera André Diniz.

História

Tombado pelo município em 6 de maio de 1992, o Conservatório, além das aulas e cursos de instrumentos, canto, teoria musical e musicalização infantil, com frequência abriga em suas dependências recitais de canto e de música instrumental. A casa onde funciona o CMN é considerada uma das mais significativas edificações residenciais do entorno do Jardim São João. Sua arquitetura é bastante representativa dos primeiros anos do século XX, na área urbana central da cidade.

Ao longo de seus 110 anos de história, o CMN vem, ininterruptamente, desempenhando sua missão: a de ensinar, educar e preparar crianças, jovens e todos os cidadãos para vida musical, seja ela como profissional ou diletante. A história do CMN confunde-se com a história de Niterói e, como reconhecimento aos serviços que presta à cultura, a cidade deu o nome de dois de seus fundadores, Maestro Felício Toledo e José Botelho, a ruas da cidade.

Em 1913, renomados músicos niteroienses, como Felício Toledo, José de Castro Botelho, Hernani Bastos, Alice Amarante e Felix Cordiglia Lavalle fundaram a Sociedade Symphonica Fluminense, cuja missão era a difusão da música de concerto, conhecida também como música clássica ou erudita.

Conectados por essa ideia, instrumentistas profissionais, professores de música, amantes das artes, jornalistas, intelectuais e homens públicos promoveram o início de um grande movimento musical: a criação de uma orquestra permanente na cidade, sediada no Theatro Municipal João Caetano – TMJC, a promoção de séries de concertos e recitais com artistas nacionais e estrangeiros.

Essa ebulição cultural revelou a necessidade de se criar uma escola de música, um espaço formal de ensino de excelência para os jovens talentos que, até então, precisavam deslocar-se para a cidade do Rio de Janeiro. Foi assim que, na Assembleia Geral da Sociedade Symphonica Fluminense de 25 de janeiro de 1914, realizada no TMJC, foi fundado a Escola de Música de Niterói.

Alguns anos depois, em 18 de fevereiro de 1923 (lei 1645/1919), a primitiva escola de música foi transformada em Conservatório de Música do Estado do Rio, sob a presidência do maestro Hernani Bastos. Em 1926, Bastos foi substituído pelo maestro Felício Toledo.

O novo instituto musical funcionou provisoriamente na sede da Escola Thecnica Fluminense, à rua Rio Branco, 65. O CMN ocupou também uma casa na XV de Novembro 56, além de usar algumas dependências da ‘Casa Verdi’, loja de instrumentos de Eduardo Luiz Gomes.

Apesar de uma Lei estadual de 1936, que obrigava o Estado a “prover condignas instalações”, foi a prefeitura da cidade que abrigou o CMN desde então. Seja ocupando provisoriamente o prédio do Theatro Municipal João Caetano, seja a partir de 1948, no atual prédio, em regime de concessão.

Em 1934, o CMN criou a Orquestra de Cordas. Em 1952, em convênio com o governo estadual, a Orquestra Sinfônica de Niterói, com 62 membros. Esta veio ocupar a lacuna criada com o fim da Orquestra Symphonica Fluminense. Visando a cultura musical no Estado do Rio de Janeiro, seguindo o exemplo de escolas superiores de outras cidades, o CMN criou em 1954 o Curso de Aperfeiçoamento de Piano, ou seja, o curso de formação de professores.

Em 1964, em meio às comemorações de seus 50 anos de atividades, a prefeitura renovou a cessão gratuita da casa, garantindo como compensação 150 bolsas de estudos anuais. Em 1965, o CMN foi elevado à categoria de escola de nível superior, por meio de um convênio (Decreto nº 55.913/65) assinado com a UFERJ – Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro -, hoje UFF. O convênio foi encerrado em 1975, mas o CMN continuou a oferecer seus cursos superiores até a década de 2010.

Em 1994, o CMN fundou a Camerata Acadêmica, a princípio formada exclusivamente por seus alunos. Já sua Orquestra de Sopros, um dos conjuntos representativos do CMN, é formada por alunos do Cursos de Formação Musical e por músicos convidados. A Orquestra de Acordeões teve início no ano de 2012, com a ideia do professor Waldenir Duarte de reunir alunos e convidados para preservar a prática do instrumento e desenvolver a versatilidade do acordeon, tocando ritmos diversos, além do nosso tradicional forró.

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