Oito equipes nem sequer estrearam no Campeonato Brasileiro e a competição já teve sua primeira baixa. O Fluminense anunciou, no início da madrugada deste domingo, a demissão do técnico Mano Menezes, após a derrota para o Fortaleza por 2 a 0, na noite de sábado, no estádio Castelão, pela rodada inaugural do certame nacional.
O péssimo desempenho da equipe na temporada, o estilo de jogo defensivo, a falta de evolução mesmo com duas semanas de treinamentos antes do início do Brasileiro e o relacionamento ruim com os atletas foram determinantes para a saída do treinador gaúcho. Diante do Fortaleza, Mano discutiu com Thiago Silva e sacou Serna com apenas 13 minutos de jogo – depois, admitiu ter errado na escalação.
“O Fluminense FC informa que Mano Menezes não está mais à frente do comando técnico da equipe. Também deixam o clube os auxiliares Sidnei Lobo e Thiago Kosloski e o preparador físico Flávio Oliveira. O clube agradece aos profissionais por toda a dedicação empenhada ao longo do trabalho e deseja sucesso na sequência de suas carreiras”, anunciou o clube em seu site.
O auxiliar Marcão, que já havia sido acionado em outras quedas de treinadores na última década, assumirá o comando do conjunto tricolor, de forma interina, pela quinta vez. “O auxiliar-técnico permanente Marcão assume de forma interina e vai dirigir o time na partida contra o Once Caldas, na próxima terça-feira (01/03), na Colômbia, pela primeira rodada da Conmebol Sul-Americana”, acrescenta a nota.
Assim, Mano se tornou o oitavo técnico a cair após a primeira rodada do Brasileiro na era dos pontos corridos. Em 2023, três treinadores foram removidos de seus cargos logo depois da estreia na competição: Rogério Ceni (São Paulo), Fernando Lázaro (Corinthians) e António Oliveira (Coritiba). Alberto Valentim havia sido desligado do Cuiabá, em 2021, e no Athletico-PR, em 2022, mesmo ano em que Marquinhos Santos deixou o comando do América-MG após a jornada inicial. Antes deles, haviam sido demitidos Ivo Wortmann, do Juventude, em 2007, e Péricles Chamusca, do Goiás, em 2005.
A queda de Mano Menezes encerra um trabalho iniciado em julho de 2024, ocupando a vaga deixada por Fernando Diniz. No período, o técnico colecionou bons – cumpriu a meta de evitar o rebaixamento à Série B no último Brasileiro – e maus momentos – uma crise com Marcelo antecipou a saída do ídolo. Ao todo, Mano somou 21 vitórias, 13 empates e 17 derrotas no cargo, um aproveitamento de 55%.
Nas redes sociais, torcedores do Fluminense, que cobravam a saída de Mano Menezes, comemoraram a decisão do clube. Felipe Melo, que foi capitão sob o comando do técnico antes de se aposentar, deixou seu comentário na nota oficial publicada no Instagram que anunciava a demissão: “Glórias a Jesus!”.
Com Marcão no comando, o Fluminense estreia na Copa Sul-Americana nesta terça-feira, às 21h30, diante do Once Caldas, na Colômbia. A equipe tricolor volta a jogar pelo Brasileiro no domingo, contra o Red Bull Bragantino, às 16h, no Maracanã.
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