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Fugitivos de Mossoró fazem família refém e roubam celulares


Os fugitivos são Deibson Cabral Nascimento e Rogerio da Silva Mendonça.


|  Foto:
Reprodução

Os dois detentos que fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró, uma unidade de segurança máxima no interior do Rio Grande do Norte, mantiveram uma família como refém na noite da última sexta-feira (16). Durante o tempo em que estiveram na residência, eles pediram comida, buscaram informações sobre a cobertura da fuga e roubaram celulares.

Os fugitivos não solicitaram dinheiro e partiram a pé após cerca de quatro horas no local. As informações foram inicialmente divulgadas pelo jornal Folha de S.Paulo e confirmadas pelo Estadão.

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Esta é a primeira fuga registrada na história da rede penitenciária federal, onde estão detidos líderes de facções como o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC).

No país, existem cinco presídios desse tipo, incluindo unidades em Catanduvas (PR), Campo Grande, Porto Velho e Brasília. A primeira delas, localizada no Paraná, foi inaugurada em junho de 2006. Os fugitivos foram identificados como Deibson Cabral Nascimento e Rogerio da Silva Mendonça.

Segundo informações preliminares, ambos têm vínculos com o CV, uma das facções predominantes no Acre, onde estavam detidos até setembro do ano anterior.

Os criminosos foram transferidos para Mossoró após terem participado de uma rebelião no Presídio Antônio Amaro Alves, na região metropolitana de Rio Branco, que resultou na morte de cinco detentos em julho de 2023.

A transferência ocorreu a pedido do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Acre. Além de Deibson e Rogerio, outros 12 detentos foram realocados nas mesmas circunstâncias.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública informou na última quinta-feira (15), que cerca de 300 policiais estão envolvidos nas buscas pelos fugitivos, incluindo agentes da Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e das forças policiais locais.

Desde drones até helicópteros estão sendo utilizados na tentativa de localizar os criminosos, mas até o momento nenhum deles foi recapturado.

Os policiais trabalham com a hipótese de que os fugitivos possam estar em um raio de 15 quilômetros ao redor da Penitenciária Federal de Mossoró. Não há registros de veículos chegando para resgatar os prisioneiros nas câmeras externas, e também não foram reportados furtos ou roubos de veículos na região, o que reforça a suspeita de que Deibson e Rogério tenham fugido a pé.

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