Um consumidor encontrou um corpo estranho dentro de um molho de tomate da empresa Fugini, após adquirir o produto em um mercado no Porto do Rosa, em São Gonçalo. O caso ocorreu no último dia 28 de janeiro, quando o rapaz havia comprado o produto na intenção de fazer risoto, o que não aconteceu.
Segundo o gonçalense Ruan Aprígio Martins, de 28 anos, o produto foi comprado em um mercado próximo de sua casa. Ele pretendia fazer um risoto, mas teve que abandonar a ideia assim que incorporou o molho à carne que havia preparado.
‘’Quando eu estava terminando de usar o molho, vejo saindo na ponta do corte do molho um pedaço de alguma coisa que não identifiquei. Logo coloquei para gravar’’, contou o consumidor. Veja abaixo:
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Após constatar o corpo estranho, o consumidor ligou para a empresa responsável e recebeu como resposta a possibilidade de substituir o produto ou realizar o ressarcimento do valor. A empresa também ofereceu o serviço de recolhimento do corpo estranho para análise do material, o que não foi aceito pelo consumidor.
‘’Perdi toda a carne. A resposta da empresa era a devolução do valor pago ou a troca do produto com alguns outros de brinde, não foi falado nada sobre o controle de qualidade, muito menos sobre o impacto que isso teria na carne que utilizei’’, afirmou Ruan.
Insatisfeito, o rapaz foi até a delegacia para realizar um boletim de ocorrência, no entanto, o lugar estava com o sistema fora do ar. Na segunda-feira (3), ele foi até à 72ª DP (Mutuá) para realizar a queixa. No local, ele foi informado de que o produto não poderia passar por perícia, visto que já havia se passado 5 dias desde o ocorrido.
‘’O corpo estranho o policial não quis receber, porque já tinha quase uma semana que tinha acontecido. Vale ressaltar que tive dificuldade de fazer o BO, já que o sistema da Polícia Civil ficou de terça até quinta pela madrugada fora do ar’’, explicou.
O rapaz registrou o caso na forma da Lei 8.137/90, que acusa crimes contra a ordem tributária, econômica e as relações de consumo. Ainda segundo o advogado responsável por representar o rapaz, João Vitor Rodrigues Teixeira, será ajuizada uma ação no Juizado Especial Cível de São Gonçalo.
Além do registro de ocorrência, o consumidor também realizou uma notificação na Anvisa e um registro na Vigilância Sanitária de São Gonçalo, que procuradas ainda não se manifestaram sobre o caso.
Vale lembrar que não é a primeira vez que este tipo de anomalia é encontrada em produtos da marca. Em março de 2023, inclusive, a Anvisa suspendeu a fabricação, a comercialização, a distribuição e o uso de todos os alimentos da marca, produzidos na Fábrica de Monte Alto, em São Paulo.
Questionada, a empresa responsável afirmou que o consumidor foi atendido pelo SAC, recebendo orientações de como proceder, incluindo a solicitação do envio de uma amostra do produto para que se possa ser feito um laudo conclusivo.
˜O consumidor optou por não realizar a análise do material e não quis dar andamento no atendimento. A empresa permanece à disposição para esclarecer dúvidas”, diz a nota enviada ao ENFOCO.
Questionada, a Polícia Civil ainda não respondeu.