
Um surto de intoxicação por metanol acendeu o alerta em São Paulo. Pelo menos nove pessoas foram internadas após consumir bebidas alcoólicas adulteradas, e duas morreram em decorrência da contaminação.
O que é o metanol e por que é perigoso?
O metanol é um tipo de álcool usado na indústria, presente em solventes e plásticos, mas que não deve ser ingerido. Diferente do etanol — o álcool encontrado em bebidas comuns — o metanol é metabolizado de forma tóxica, podendo causar cegueira, falência de órgãos e até morte, mesmo em pequenas quantidades.
Embora exista em níveis reduzidos em frutas e até no corpo humano, quando consumido em excesso o metanol se torna extremamente prejudicial.
Como o metanol pode parar nas bebidas?
A contaminação pode ocorrer de duas formas:
- Acidental, em processos caseiros de fermentação e destilação sem controle de segurança;
- Deliberada, quando o metanol é adicionado para aumentar o teor alcoólico em bebidas falsificadas.
Autoridades investigam a origem do metanol encontrado nas bebidas em São Paulo, já que os casos chamam atenção por estarem associados a produtos que pareciam legítimos.
Sintomas da intoxicação por metanol
Os sintomas geralmente surgem entre 12 e 24 horas após o consumo e incluem:
- dor de cabeça intensa;
- náusea, vômito e dor abdominal;
- confusão mental;
- visão turva, podendo evoluir para cegueira irreversível.
De acordo com a Associação Dileira de Neuro-Oftalmologia, os sinais oculares são um alerta que diferenciam a intoxicação de uma simples ressaca.
Há como identificar bebidas adulteradas com metanol?
Não existe uma forma simples de distinguir o metanol do etanol pelo gosto, cheiro ou aparência. Ambos são líquidos incolores e inflamáveis. Apenas testes laboratoriais conseguem confirmar a presença da substância.
A recomendação das autoridades é evitar bebidas de origem duvidosa, consumir apenas produtos de confiança e verificar a procedência das garrafas em bares e restaurantes.
Tratamento da intoxicação por metanol
As primeiras 48 horas são decisivas para evitar complicações graves. O tratamento pode incluir:
- fomepizol, considerado o antídoto para o metanol;
- hemodiálise, em casos de contaminação severa.
Diante de qualquer suspeita, especialistas reforçam: procurar atendimento médico imediato é fundamental.
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