A Procuradoria Geral da República (PGR) ofereceu denúncia, na noite desta terça-feira (18), ao ex-presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, por tentativa de golpe de Estado. De acordo com a denúncia, havia uma “trama golpista”, apontada pela Polícia Federal (PF), supostamente liderada pelo ex-presidente e o general Braga Netto.
O documento foi assinado pelo procurador-geral, Paulo Gonet, e enviada ao ministro Alexandre de Moraes. Agora, a primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF) fará a análise do caso.
Bolsonaro foi denunciado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameça contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado.
O julgamento será conduzido pelo ministro Cristiano Zanin, responsável por definir a pauta das próximas sessões. A acusação contra o ex-presidente chega à etapa mais avançada de sua investigação.
Ao longo dos últimos anos, a Polícia Federal concluiu que o político cometeu crimes em pelo menos cinco investigações que tramitam no tribunal. Em três dessas apurações, ele foi formalmente indiciado.
Esse caso envolvem diversas acusações, com destaque para fraudes, crimes relacionados à venda de joias sauditas e a trama golpista, com a Polícia Federal reunindo evidências em cada um dos processos.
A Polícia Federal concluiu sua investigação sobre o ex-presidente, indiciando-o por crimes relacionados a fraudes em seu cartão de vacinação, à negociação de joias recebidas do governo saudita e vendidas nos Estados Unidos.
