O ano até começou com alguma certa quantidade de chuvas, mas desde meados de janeiro que não chove de forma consistente em Maricá, cidade da região metropolitana do Rio de Janeiro. Com a estiagem, as lagoas da cidade sofrem com a baixa do espelho d’água, que passa a receber o esgoto das ligações clandestinas.
Além do problema ambiental vem o de saúde, já que muitas famílias ficaram desassistidas de água. Muitos tiveram que optar por caminhões pipa, o que elevou o preço devido à alta procura. O preço médio de quem tem caminhão disponível com água passou a ser superior a R$ 500, o que inviabiliza a compra por quem não tem condições financeiras.
A concessionária Águas do Rio já opera abaixo de 30% o sistema que abastece grande parte de Maricá como a região central e os bairros de Bambuí, Cordeirinho e Ponta Negra.
Mas um sofro de esperança vem da previsão do tempo, que traz a mais de 70% de probabilidade de chuva para a quinta-feira (13). Para esta quarta-feira (12) há também a chance de pancadas de chuva no final da tarde, mas com 51% de probabilidade, número que, nas últimas semanas, costumava ir caindo no decorrer da chegada do dia.
A estiagem vem provocando os problemas acima e também agravando as queimadas em vegetação. Nas últimas semanas Maricá ardeu em chamas em quase todos os bairros. Bombeiros e agentes da Defesa Civil trabalharam e forma intensa para conseguir conter as chamas. Em algumas regiões de serra nas teve jeito, já que o município não possui aeronaves e equipes treinadas para poder pegar água da lagoa ou do mar para poder reduzir o impacto das chamas nas áreas de mata atlântica e de restinga da cidade.