Mesmo com projetos para despoluir as Lagoas de Maricá utilizando biotecnologia, Maricá vê a proliferação de gigogas, vegetação que se prolifera em locais poluídos com esgoto.
Neste fim de semana, quem passou pela Orla de Araçatiba, um dos cartões postais da cidade, viu as gigogas flutuando por toda parte, além do mau cheiro presente devido ao atraso no serviço paliativo da coleta do esgoto feito com caminhões do tipo vacol. Acontece que, por muitas residências despejarem irregularmente o esgoto nas galerias de águas pluviais, essa poluição acaba chegando na Lagoa de Maricá, fazendo as Gigogas se proliferarem.
Lagoa imprópria para o banho
Em levantamento feito pelo Maricá Info utilizando o relatório de balneabilidade mais recente divulgado pelo Inea (Instituto Estadual do Ambiente – Nº04 – 21 de MAIO de 2024), este ponto da Lagoa de Araçatiba é considerado impróprio para o banho devido ao alto teor de enterococos, bactéria que pode causar problemas infecções.
Vale destacar que, neste mesmo relatório, os pontos da Barra de Maricá e do canto de Ponta Negra (saída do canal) também foram considerados impróprios para o banho. Vale destacar que, pelo canal ser saída da lagoa onde o esgoto é despejado, em dias de chuva (como foi o dia 21 de maio), há o transporte desse material no sentido do litoral, onde as amostras são colhidas pelo INEA.
O que a prefeitura vem fazendo?
Além do projeto de despoluição utilizando os chamados bioinsumos, a prefeitura de Maricá está construindo, através da Sanemar, mais de 300 km de rede coletora de esgoto e estações de tratamento para solucionar uma defasagem do serviço de saneamento básico deixado por anos de falta de investimentos por parte da CEDAE, companhia que era responsável pela coleta e tratamento do esgoto em Maricá até o fim da concessão. Porém, poucas áreas seguem com a coleta e o crescimento imobiliário da cidade faz com que o ‘tratamento’ das lagoas com os bioinsumos seja como enxugar gelo.
Gigogas na Lagoa de Araçatiba. (Foto: João Henrique / Maricá Info)