O orçamento municipal para 2025 foi votado pelos vereadores nesta quarta-feira (11/12). Uma surpresa foi a redução em cerca de 50% no valor previsto para investimentos na saúde, o que levou os vereadores a realizarem questionamentos.
Quem se manifestou preocupado foi o vereador Ricardinho Netuno. “Dentro do plano orçamentário, destaca-se a redução drástica na área da saúde. Quero reforçar essa questão porque, em 2024, tivemos um orçamento de R$ 1,3 bilhão para a saúde, e agora, para 2025, teremos apenas R$ 700 milhões, praticamente a metade. Durante esses anos em que trabalhei aqui, percebi diariamente o grande clamor da população. A principal necessidade da cidade continua sendo mais investimentos na saúde.”, disse Netuno.
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O presidente da Câmara de Maricá, vereador Aldair de Linda, também falou sobre essa redução no orçamento da saúde. “A questão, que já foi explicada pelo vereador da Comissão de Saúde, é que você sabe que há um desejo do prefeito eleito (Quaquá) de extinguir a Femar. E Vossa Excelência, vereador Ricardinho, sempre falou que a Femar era um cabide de emprego, que a Femar gastava muito, que a Femar nunca fez nada na cidade. Então, o prefeito Washington Quaquá está extinguindo a Femar. Então, o senhor vê aí o quanto a Femar gastou durante o ano, o quanto custou para o Executivo.”, disse Aldair de Linda.
“Sobre essa questão da Saúde, não há diminuição, como a vossa excelência falou. Se somar a Femar com a Saúde, vai ter o orçamento que já tinha anteriormente, lembrando que a nossa previsão orçamentária de 2025, em relação aos anos passados, já diminui. Todas as secretarias, quase todas elas, vão ter essa diminuição, essa redução. E o que foi feito? Esse remanejamento que vossa excelência falou (Aldair de Linda): obras que estavam constando na Saúde vão ser destinadas a quem realmente vai construir, que é a Somar”. disse o vereador Felipe Auni.
De fato, a redução no orçamento de R$ 1.3 bilhão em 2024 para R$ 700 milhões na área da saúde preocupa, já que a cidade vive um crescimento acelerado da população, o que leva ao aumento da demanda pelos serviços em saúde. Há também a preocupação de que a cidade não possui centro de hemodiálise ou mesmo atendimento e tratamento oncológico. A redução do orçamento pode inviabilizar tais projetos, caso sejam de interesse político da futura gestão.