Lucas Castro, de 2 anos, recebeu alta do Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), em São Gonçalo, na manhã desta terça-feira (17). A criança chegou à unidade, em setembro, após se afogar na piscina de casa, em Itaboraí. Médicos do hospital aproveitaram o momento para fazer um alerta sobre os riscos de afogamento com a chegada do verão.
Os pais do menino, Rafael Castro e Renato Alves, deixaram o hospital emocionados e ao lado da equipe médica, de enfermagem e multidisciplinar.
“Nosso filho chegou muito grave. Foi entubado e seu quadro de saúde não melhorava. Chegamos a pensar em perder o Lucas. Mas Deus e toda equipe do hospital cuidaram do nosso bebê e hoje estamos indo para casa”, contaram os pais.
Lucas ainda terá um longo tratamento pela frente, segundo a equipe médica. “Ele é um milagre de Deus. Foram quase três meses de tratamento intensivo e este processo continuará, com medicação, novos exames e fisioterapia. Mas o resultado foi positivo, e o Lucas está seguindo para a sua casa ao lado família”, comemorou a médica Melissa Monção.
A profissional aproveitou a alta do menino para fazer um alerta aos pais. “Com a chegada do verão, no próximo domingo (22), o número de crianças afogadas aumenta nas grandes emergências e muitas não têm um final feliz igual ao do Lucas. Então temos que redobrar a atenção”, disse a médica.
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Turista europeu internado na Região dos Lagos
Na manhã de segunda (16) mais uma criança afogada chegou ao Centro de Trauma do Heat. Um menino de 9 anos foi socorrido pelos pais e encontra-se entubado, em estado grave, no Centro de Tratamento Intensivo.
Mas nas estatísticas de afogamento também estão jovens e adultos. No último domingo, um turista da Bósnia, de 20 anos, deu entrada no Centro de Trauma do Hospital Estadual Roberto Chabo (HERC), em Araruama. De acordo com a equipe médica, o seu estado de saúde é grave.
No último verão, os dois hospitais que são referência no atendimento a pacientes de média e alta complexidade, receberam 37 casos de afogamentos. A maioria das vítimas saiu sem sequelas, mas outras não tiveram a mesma sorte, e ficaram paraplégicas, tetraplégicas ou evoluíram para óbito.