A atriz e comediante Berta Loran morreu neste domingo (28 de setembro), no Rio de Janeiro, aos 99 anos. A informação foi confirmada pelo Hospital Copa D’Or, que lamentou a perda e prestou solidariedade à família, amigos e fãs. As causas da morte não foram divulgadas.
Uma carreira de mais de sete décadas
Nascida em Varsóvia, em 1926, como Basza Ajs, Berta chegou ao Brasil aos nove anos e construiu uma trajetória de mais de 70 anos no teatro, cinema e televisão. Tornou-se conhecida por papéis marcantes em programas de humor como “Zorra Total”, “Escolinha do Professor Raimundo” e “A Grande Família”, todos da TV Globo.
No universo das novelas, estreou em “Amor com Amor se Paga” (1984), de Ivani Ribeiro, e participou de sucessos como “Cambalacho” (1986), “Cama de Gato” (2010), a segunda versão de “Ti-Ti-Ti” (2011), “Cordel Encantado” (2011) e “A Dona do Pedaço” (2019).
Com mais de 2 mil personagens interpretados ao longo da vida, Berta sempre destacou que o humor era um dom inato, exigindo ritmo e precisão na fala.
Início e trajetória internacional
Filha de um alfaiate que também atuava como ator na comunidade judaica, Berta começou cedo a se encantar pelos palcos. Aos 14 anos, subiu pela primeira vez em cena. Aos 19, casou-se com o ator Handfuss e se mudou para Buenos Aires, onde viveu por dois anos.
De volta ao Brasil, no início da década de 1950, atuou na TV Tupi e ganhou experiência no teatro de revista, trabalhando com Walter Pinto. Em 1957, viajou para Portugal com a peça Fogo no Pandeiro. O sucesso foi tanto que permaneceu no país por seis anos, integrando uma companhia teatral.
No Brasil, consolidou-se na TV Globo, a partir de 1966, onde deixou seu nome marcado na comédia e na dramaturgia.
Vida pessoal
Berta Loran foi casada duas vezes e não teve filhos. Apesar da longa trajetória, manteve sempre a energia e a paixão pelo palco.
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