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Motorista da Mauá relata momento de pânico no frescão: ‘Deram tiro’

O motorista do ônibus da linha 4425-D (Alcântara-Campo Grande), da Viação Mauá, relatou momentos de puro desespero e medo durante o assalto da manhã desta quinta-feira (9). Emocionado, ele falou sobre o desejo de somente pensar em retornar para casa e abraçar o filho autista. O assalto ocorreu na altura da Cidade Alta, quando três criminosos embarcaram e aterrorizam as 16 pessoas presentes no coletivo.

A preocupação com a família ficou evidente durante o relato. “Tenho um filho autista. Só queria voltar para casa e abraçar meu filho”, disse ele, com a voz embargada.

“Entraram de maneira truculenta, agredindo os passageiros, deram tiro dentro do carro, deram coronhada. Lá atrás, uma passageira passou muito mal e precisou ser levada ao Hospital Geral de Bonsucesso”, relatou o motorista, que chorava no momento da entrevista.

O condutor do ônibus, que preferiu não se identificar e ter sua imagem perservada, descreveu o clima de tensão dentro do veículo.

“Foi rápido, mas turbulento. O tempo todo estávamos sob ameaça. Falaram que iam atirar na minha barriga, deram um tiro pro alto, como quem diz ‘o poder está comigo’. Era só gritaria”, contou.

  • O ônibus foi levado para a delegacia de Bonsucesso

    O ônibus foi levado para a delegacia de Bonsucesso | Foto: Lucas Alvarenga

  • Passageiros retornam ao frescão após depoimento

    Passageiros retornam ao frescão após depoimento | Foto: Lucas Alvarenga

  • Passageira segura o boletim de ocorrência

    Passageira segura o boletim de ocorrência | Foto: Lucas Alvarenga

  • Passageiro aguarda na delegacia

    Passageiro aguarda na delegacia | Foto: Lucas Alvarenga

Apesar de ter dois anos de experiência como motorista na empresa, essa foi a primeira vez que ele enfrentou uma situação tão crítica. 

“A empresa faz o que pode, mas segurança é dever do Estado. E o Estado está falhando há muito tempo. Não sei o que estão esperando para agir”, indignou-se.

Um dos passageiros, que mora no bairro de Alcântara, em São Gonçalo, disse que estava dormindo e foi acordado no susto por um dos criminosos.

“Estava seguindo para o trabalho, e como de costume, estava dormindo quando um dos criminosos me acordou no susto e pediu o meu celular. Apesar dele levar o aparelho, eu agradeço por estar vivo”, avaliou.

O assalto terminou com os criminosos levando os pertences das vítimas e desembarcando na altura da Ilha do Governador. 

O caso foi registrado na 21ª DP (Bonsucesso), onde os passageiros e o motorista prestaram depoimento. 

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