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OpenAI lança resposta à chinesa DeepSeek com uma IA barata e outra superpotente

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A criadora do ChatGPT, OpenAI, reagiu à ao lançamento do modelo de inteligência artificial chinês DeepSeek com duas novidades entre a sexta-feira (31) e esta segunda-feira (3).

 

As empresas americanas de IA sofreram um baque financeiro -com ações desabando na Bolsa- e estratégico na última semana, após a concorrente da China conseguir bons resultados com apenas 6% do investimento usado para treinar o GPT-4, uma das versões anteriores do ChatGPT.

Na sexta, a OpenAI lançou a IA o3-mini, que é gratuita e capaz de entregar respostas de qualidade similar à também recém-lançada DeepSeek-R1, usando menos processamento de dados do que outros modelos da startup californiana.

Ainda não é possível fazer uma comparação direta de eficiência entre as tecnologias, já que a companhia por trás do ChatGPT omite os detalhes do processo de desenvolvimento, declarando “motivos de segurança”

O o3-mini também exibe um passo a passo de como responderá a pergunta, aos moldes do que faz a DeepSeek-R1 -o recurso rendeu elogios de usuários da IA chinesa. Usuários que queiram mais precisão, em especial nas tarefas ligadas à programação, podem assinar o ChatGPT Plus, por US$ 20 (R$ 117,36), e ter acesso ao o3-mini (high).

Nesta segunda, a OpenAI anunciou outro modelo, a Deep Research, e destacou a sua potência e precisão. A nova tecnologia atingiu 26% de um teste abrangente para comparar a performance de IAs contra o conhecimento da humanidade. Até sexta, o líder do desafio era a DeepSeek-R1, com 9,4%, que foi superado pelo o3-mini (resultados entre 10,5% e 13%, na versão high).

A Deep Research, por outro lado, é o modelo computacional que mais consome energia e processamento de dados. A IA pode levar de cinco a 30 minutos até chegar a uma resposta completa e, quanto mais demora para responder, mais gasta. Por isso, a OpenAI limitou o acesso do lançamento aos usuários do plano Pro, vendido por US$ 200 (R$ 1.173,62) mensais.

No anúncio, a OpenAI mencionou a técnica que garantiu alto desempenho à DeepSeek: a adoção de aprendizado de reforço, na qual a IA recebe uma recompensa quando entrega uma resposta adequada. A Deep Research alia a precisão obtida com esse método às informações contidas em “centenas de links da web”.

A primeira empresa a combinar inteligência artificial generativa ao cruzamento de dados da internet foi o Google, quando anunciou o modelo Gemini-1.5-Deep Research em dezembro. A OpenAI não comenta a coincidência dos nomes.

A empresa reconhece que a nova tecnologia tem dificuldade em traçar uma hierarquia entre diferentes fontes de informação e ainda alucina. Essas duas fragilidades podem gerar erros.

Porém, analistas da imprensa internacional avaliam que a Deep Research da OpenAI pode ser o primeiro modelo capaz de gerar um relatório que valha dinheiro no mercado, já que suas respostas são referenciadas por fonte a cada afirmação.

A startup americana exibe força ao divulgar suas façanhas tecnológicas, mas ainda não cobriu todos os flancos abertos pela DeepSeek.

Entre os investidores do mercado de tecnologia, circula a informação de que o desenvolvimento da DeepSeek custou algo em torno de US$ 6 milhões, contra US$ 100 milhões investidos no GPT-4, anunciado em março de 2023. Desde então, não há informações sobre o quanto foi gasto nas gerações seguintes de inteligência artificial.

Além disso, a DeepSeek-R1 é um modelo de código aberto. Empresas e programadores podem baixá-la para rodarem nas próprias máquinas e até alterarem os seus parâmetros para obter resultados personalizados.

A startup chinesa ainda publica artigos sobre seus avanços técnicos, permitindo que as pessoas colaborem com o desenvolvimento da tecnologia ao pensar em novas formas de usá-la.

Essa transparência pode atrair o setor de tecnologia de diversas empresas pelo mundo, por permitir maior personalização da ferramenta, além de facilitar a manutenção e controle.

O código aberto também resolve as principais críticas à DeepSeek. Quando o modelo é ativado na máquina do usuário, a IA chinesa não está sujeita à censura do regime de Xi Jinping. Também não capta dados do usuário nem os envia a servidores na China.

Entre os principais atores do mercado de IA, apenas a Meta oferece tecnologia de código aberto e seus resultados estão aquém dos apresentados pela DeepSeek. Além disso, as startups de IA americanas, como OpenAI e Claude, recebem patrocínio de serviços de nuvem (Microsoft, Amazon e Oracle), que querem manter os usuários ativando os modelos diretamente na internet para lucrar.

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