O Rio de Janeiro vive uma tarde de caos e medo nesta terça-feira (28), após uma megaoperação das forças de segurança nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte. A ação, considerada a mais letal da história do estado, deixou 64 mortos — entre eles quatro policiais — e 81 presos, segundo balanço oficial do Palácio Guanabara.
Criminosos reagiram com ataques coordenados em diversas regiões da cidade e da Região Metropolitana, interrompendo vias expressas, queimando ônibus e espalhando pânico. A Prefeitura do Rio colocou a cidade em Estágio 2 de mobilização às 13h48, devido às ocorrências policiais que interditaram ruas nas zonas Norte, Oeste e Sudoeste.
De acordo com o Centro de Operações (COR-Rio), há bloqueios intermitentes nas áreas do Alemão, Penha, Chapadão, São Francisco Xavier, Freguesia (Jacarepaguá) e Taquara.
Sao Gonçalo registra ocorrências
A violência também chegou a municípios vizinhos: criminosos fecharam a BR-101 e ruas do Jardim Catarina, em São Gonçalo.
O impacto foi imediato no transporte público. Mais de 100 linhas de ônibus tiveram os itinerários alterados, segundo o Rio Ônibus, e os corredores Transbrasil e Transcarioca do BRT foram afetados. A PRF reforçou o policiamento nas rodovias federais do estado.
Diante da insegurança, universidades como UFRJ e UFF suspenderam as aulas, e a Câmara Municipal do Rio cancelou a sessão plenária prevista para esta terça-feira.
Em coletiva na Cidade da Polícia, o governador Cláudio Castro afirmou que lideranças do Comando Vermelho podem estar escondidas nas comunidades e destacou que o Rio atua sem apoio das forças federais:
“Esta operação é maior que a de 2010 e o Rio está sozinho. O estado não produz esse poder bélico — ele entra pelas fronteiras e é financiado por lavagem de dinheiro”, disse o governador.
Orientações orientações de segurança à população
Evite circular nas áreas afetadas pelas ocorrências;
Permaneça em local seguro;
Em caso de emergência, ligue 190 (Polícia Militar) ou 193 (Corpo de Bombeiros).
A cidade vive um dos dias mais tensos dos últimos anos, com reflexos em todo o Grande Rio e o medo imposto por uma reação violenta do tráfico que paralisou a rotina de milhões de pessoas.
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