Todos estão estáveis, com exceção da menina, que segue em estado grave
Um momento de emoção e esperança iluminou os corredores do Hospital Estadual Roberto Chabo, em Araruama, na Região dos Lagos, nesta segunda-feira (3). Após 24 dias da explosão de uma lancha na Ilha do Japonês, em Cabo Frio, parte da família ferida finalmente recebeu alta e pode reencontrar os outros familiares na unidade.
Neli Paloma, de 28 anos, e seu filho Gabriel, de 8, estavam internados no Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. Eles foram levados até o Chabo, onde estão o pai Rafael Larangot, de 38, e outros filhos Rafaela, 9, e Miguel, que completou 5 anos nesta segunda. A atmosfera foi carregada de emoção e gratidão.
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“É um milagre de Deus estarmos vivos. Foram dias difíceis. Mas estamos lutando pela vida a cada minuto. Hoje estamos nós quatro, marcados pelo acidente, com traumas, mas comemorando o aniversário do Miguel”, declarou o mecânico.
Além da celebração pelo aniversário de Miguel, o momento também marcou a alta hospitalar do pequeno, que além de bolo, doces e presentes, agora se preparava para retornar para casa junto com sua mãe e seu irmão. Entretanto, o pai e a irmã mais velha ainda demandam cuidados médicos. O quadro do mecânico é estável, mas a menina está em estado grave.
A mãe das crianças, Neli Paloma, aproveitou o momento para expressar seu desejo por justiça, destacando a falta de suporte por parte da empresa responsável pela embarcação.
“Até hoje ninguém da empresa da embarcação veio saber se estávamos sequer vivos. Nossa vida parou. Alugamos uma casa aqui em Araruama, perto do hospital, e estamos pagando graças à ajuda dos familiares. Temos alimentação, medicação etc. Mas continuo agradecendo a Deus por estarmos vivos”, enfatizou.
O incidente aconteceu no dia 10 de maio
Divulgação
O caso
Uma lancha pegou fogo e explodiu, deixando seis pessoas gravemente feridas, na Ilha do Japonês, em Cabo Frio, na Região dos Lagos, no dia 10 de maio. Segundo testemunhas, o fogo teria iniciado no motor da embarcação. Quando a lancha explodiu, as vítimas pularam no mar.
As vítimas sofreram queimaduras entre 40% a 70% do corpo. Cinco delas eram da mesma família, com exceção do condutor da lancha, Geovanni Santos de Brito, de 30 anos, que foi internado no Hospital Estadual de Traumatologia e Ortopedia Melchiades Calazans (HTO Baixada), em Nilópolis, na Baixada Fluminense. A direção da unidade informou que Geovanni teve alta no dia 24 de maio.