Mayya Gil, uma mulher que enfrentou desafios extremos ao longo de sua vida, faleceu aos 95 anos no último dia 23, após ser atropelada por uma van enquanto atravessava a rua em frente à sua casa, no Brooklyn, Nova York, Estados Unidos. A notícia de sua morte foi divulgada recentemente pela família, que a descreveu como uma figura resiliente, marcada por várias tragédias e superações.
Gil ficou mundialmente conhecida por sua incrível trajetória de vida, tendo sobrevivido aos horrores da invasão nazista na Ucrânia, ao desastre nuclear de Chernobyl e à pandemia de covid-19. Ela nasceu em Khmelnytskyi, na Ucrânia, e, ainda jovem, fugiu com sua mãe e irmão para Kiev, a fim de escapar da perseguição nazista. Foi na capital ucraniana que conheceu seu marido, Vilyam, com quem casou e teve filhas gêmeas durante o regime soviético.
Em 1986, diante da tragédia de Chernobyl, Mayya e sua família se mudaram para os Estados Unidos, onde se estabeleceram no Brooklyn. Mesmo com tantas perdas, como a de seu marido Vilyam, que faleceu em 2020, vítima da covid-19, Mayya se manteve ativa na comunidade local. Ela era especialmente querida pela comunidade judaica, sendo uma presença conhecida e respeitada entre os vizinhos.
De acordo com a polícia, Mayya foi atropelada enquanto atravessava a Cropsey Avenue, acompanhada de seu cuidador. A van, que estava fazendo uma curva acentuada, não conseguiu evitar o impacto e atingiu os dois. Mayya sofreu um grave ferimento na cabeça e foi levada ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos. O cuidador, de 54 anos, sobreviveu, com ferimentos em uma das pernas.
O motorista da van, um homem de 64 anos, não foi preso, e o caso segue sendo investigado pela polícia. Em entrevista ao site “Gothamist”, uma das filhas de Mayya afirmou que sua mãe era uma mulher de enorme vitalidade e importância para a comunidade. “Todo mundo a conhecia. Ela era uma senhora muito ativa”, declarou Lizunova ao site.