InícioDestaqueVelório de Rosa Magalhães reúne personalidades do Carnaval Carioca

Velório de Rosa Magalhães reúne personalidades do Carnaval Carioca


O carnavalesco da Portela, André Rodrigues, estava visivelmente emocionado


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Péricles Cutrim

O velório da carnavalesca Rosa Magalhães, que faleceu aos 77 anos na quinta-feira (25), foi marcado por emoção no salão do Palácio da Cidade, em Botafogo, na Zona Sul do Rio. Aberto ao público, o evento reuniu amigos, familiares e personagens carnavalescos que foram prestar suas últimas homenagens à grande artista do Carnaval carioca.

O comentarista e um dos melhores amigos de Rosa, Milton Cunha, declarou seu amor na despedida à artista.


Milton Cunha ressaltou o legado da carnavalesca a quem chamava de professora


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Péricles Cutrim

Fui muito sortudo de ter convivido com uma pessoa dessa qualidade, né? Porque ela era uma aula constante, no sentido de que sempre ela tinha referência, ela sabia o que era, como era, de onde vinha. Só que tudo isso com muito bom humor e mau humor, cigarro e vinho. Ela era uma grande contadora de histórias, histórias de grande qualidade cultural.



Milton Cunha,

Comentarista de Carnaval

O mestre-sala da Unidos da Viradouro, Julinho Nascimento, e a porta-bandeira Ruth Alves, também marcaram presença na despedida e lembraram o último Carnaval, em que a escola saiu vitoriosa, com toques da carnavalesca.


A porta-bandeira da Viradouro, Ruth Alves, compareceu ao velório junto com o mestre-sala da escola, Julinho Nascimento


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Péricles Cutrim

As pessoas falavam dos tamanhos dos carros da Rosa, que eram pequenos, mas eles não achavam um defeito, era todo detalhado e ela olhava pedacinho por pedacinho daqueles geradores alegóricos. Era perfeição plástica, sabe? Foi o Carnaval que teve a honra de ter Rosa.



Ruth Alves,

Porta-bandeira da Viradouro

Para o carnavalesco da Portela, André Rodrigues, o trabalho de Rosa transformou a arte brasileira.

“As lembranças que a gente guarda da Rosa, são as lembranças daquilo que é o legado artístico dela. Eu tive o prazer de conviver com a Rosa ainda muito jovem no barracão da Vila Isabel, e eu lembro de coisas muito específicas, como a própria Rosa pintando as coisas, a própria Rosa cortando. E aquilo foram ensinamentos para a vida. Eu acho que o principal agora é tentar captar o que é o tamanho da artista Rosa Magalhães”. 

Rosa Magalhães morreu em casa, após sofrer um infarto fulminante. O sepultamento vai acontecer no Cemitério São João Batista e será restrito a familiares e amigos próximos.


Fã também prestou homenagem solitária à carnavalesca


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Péricles Cutrim

A maior campeã do Carnaval do Rio

Rosa Magalhães deixou um legado imensurável para o Carnaval do Rio de Janeiro. Com uma carreira de mais de 50 anos dedicados às escolas de samba, ela acumulou inúmeros prêmios e consagrações. Rosa foi a carnavalesca mais premiada da história do Carnaval carioca, com sete títulos no Grupo Especial, passando por agremiações como Imperatriz Leopoldinense, Unidos da Vila Isabel e Império Serrano.

Homenagens

A Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa), ao lamentar a morte, afirmou que Rosa Magalhães ”fez história” no carnaval.

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, classificou Rosa como “uma das mentes mais brilhantes do carnaval”. Através de nota, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro também manifestou pesar em homenagem à Rosa:

“O mundo do samba perdeu uma das maiores personalidades do Carnaval carioca. É e sempre será referência para todos os amantes do samba, com seus enredos marcados por suntuosidade, cores e muita alegria. Manifesto meus sentimentos aos familiares, amigos e a todos os companheiros de Carnaval. O Rio sempre será grato por todas as histórias contadas”, declarou.

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