As imagens das ondas que chegaram a subir o calçadão de Itaipuaçu na última ressaca percorreram o país, deixando moradores assustados.
Mas não foi a primeira vez – e não será a última – que a ressaca levou as ondas para a parte mais alta. Há décadas o mar vem subindo e os efeitos das ressacas já causaram prejuízos a moradores e comerciantes.
Em 2019, por exemplo, uma forte ressaca destruiu uma casa à beira mar na altura da rua 64 no bairro Cordeirinho. A prefeitura, através da Defesa Civil, chegou a interditar 9 (nove) imóveis que tinham risco de desabamento.
Então, vale a reflexão, quem será que está avançando, o mar ou as construções?
O Maricá Info fez uma pesquisa e encontrou imagens de 12 anos atrás que mostram o local em que as casas afetadas em 2019 foram construídas. No terreno não havia nada além de vegetação que, vez ou outra, era atingida pela água que rapidamente escoava.
Em Itaipuaçu, quiosques já foram afetados pela força das ondas de mar em ressacas anteriores. É nítido que, com a não preservação da vegetação costeira de restinga, há a sucessivo ‘avanço’ das águas do mar, afetando as construções que não respeitam um determinado limite definido pela própria natureza.